segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAPÍTULO VI


Advento do Espírito de Verdade
5. Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e
dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem
de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus
grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal.
Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a
mim, todos vós que sofreis."
Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino
de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a
raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a
carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais
a voz dos profetas e dos
apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a
ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes
cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.
Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o
facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzirvos,
filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza
imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu,
caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não
mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.
Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No
Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se
enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! nada
perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." - O Espírito de
Verdade. (Paris, 1860.)

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