sábado, 16 de abril de 2011

Humildade do coração


“Bem-aventurados os pobres de espírito” – proclamou o Senhor.
Nesse passo, porém, não vemos Jesus contra os tesouros culturais da Humanidade, mas, sim exaltando a humildade do coração.
O Mestre recordava-nos, no capítulo das bem-aventuranças, 
que é preciso trazer a mente descerrada à luz da vida para que a sabedoria e o amor encontrem seguro aconchego em nossa alma.
Hoje, como antigamente, somos defrontados, em toda parte, pelas criaturas encarceradas nos museus acadêmicos, cristalizadas nos preconceitos ruinosos, mumificadas em pontos de vista que lhes sombreiam a visão e algemadas a inutilidades do raciocínio ou 
do sentimento, engrossando as extensas fileiras da opressão. Imprescindível clarear o pensamento, diante da natureza, 
e aceitar a extrema insignificância em que ainda nos 
agitamos, perante o Universo.
Jesus induzia-nos a esquecer a paralisia mental em que 
muitas vezes, nos comprazemos, inclinando-nos à adoção 
da simplicidade por norma de ascensão espiritual.
Esvaziemos o coração de todos os detritos e de todos os fantasmas que experiências inferiores nos impuseram na peregrinação que nos trouxe ao presente.
Cada dia é nova revelação do Senhor para a existência.
Cada companheiro da estrada é campo vivo a que podemos 
arrojar as sementes abençoadas da renovação.
Cada dor é uma bênção para os que prosseguem acordados 
no conhecimento edificante.
Cada hora na marcha pode converter-se em plantação de 
beleza e alegria, se caminhamos obedecendo aos imperativos 
do trabalho constante no infinito Bem.
Toda ciência do mundo, confrontada à sabedoria que nos espera,
é menos que o ribeiro singelo ante o corpo ciclópico do oceano.
Toda a riqueza dos homens perante a herança de luz do 
Pai Celestial nos reserva, é minúsculo grão de pó 
na química planetária.
Sejamos simples e espontâneos, na senda em que a atualidade 
nos situa, aprendendo com a vida e doando à vida o melhor 
que pudermos, para que, em nos candidatando à láurea dos 
bem-aventurados, possamos ser realmente discípulos felizes 
daquele Amigo Eterno que nos recomendou: 
“Aprendei de mim que sou humilde de coração”
***Emmanuel*** 

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