sábado, 19 de fevereiro de 2011

Deixai vir a mim os pequeninos


18. O Cristo disse: Deixai vir a mim os pequenios. Essas palavras, profundas em sua simplicidade, não continham apenas um apelo em favor das crianças, mas, também, das almas que gravitam nos círculos inferiores onde a desgraça ignora a esperança. Jesus chamava para si a criatura adulta ainda em infância intelectual: os fracos, os escraos, os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa na matéria, sob os domínios do instinto, e não pertenendo ainda à ordem superior da razão e da vontade, que se exercem em torno dela e em seu benefício. Jesus queria que os homens fossem a Ele com a confiança desses pequenos seres de passos vacilantes, cujo chamamento conquistaria para Ele o coração das mulheres que são todas mães; submetia, assim, as almas à sua ternura e misteriosa autoridade. Ele foi a luz que clareou as trevas, o clarim matinal que toca a alvorada; foi o iniciador do Espiritismo que deve, por sua vez, chamar a si não as crianças,mas os homens de boa vontade. A ação viril está iniciada, não se trata mais de crer instintivamente e de obedecer maquinalmente, é preciso que o homem siga a lei inteligente, que lhe revela sua universalidade.
Meus bem-amados, eis chegados os tempos em que os erros, explicados, se tornarão verdades; nós vos ensinaremos o sentido exato das parábolas, e vos mostraremos a correlação poderosa que une o que foi ao que é. Em verdade, vos
digo: a manifestação espírita vai crescer no horizonte, e eis aqui o seu enviado que vai resplandecer como o Sol sobre o cume das montanhas.
(João Evangelista.(79) Paris, 1863.)



EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO VIII

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